sexta-feira, 29 de março de 2013

Páscoa Judaica: Festa da Libertação


De todas as 3 grandes festas judaicas, a Páscoa, o Pentecostes (Shavu’ot) e a festa dos Tabernáculos (Sukkot), a festa da Páscoa é a mais importante.
Pêssach, também conhecida como Páscoa Judaica, é por excelência a festa da liberdade. De acordo com a tradição religiosa, o Pêssach remonta para o momento de libertação do povo judeu que tinha sido escravizado no Egipto. As celebrações tem inicio na noite de 14 de Nissan (nome dado ao primeiro mês do calendário judaico religioso) e duram 8 dias. As primeiras duas noites são dedicadas ao Seder, durante o qual se contam histórias de festa (Hagadah), se bebe vinho e se comem Matzah (pão sem fermento) e harosset (ervas amargas). O Seder marca o início de uma nação judaica livre.
Os dias intermediários desta celebração são chamados de Chol Hamoed. O último dia representa a passagem pelo mar vermelho, onde os judeus atravessaram em terra firme e seca e cantaram a Shirah, um cântico judaico.
A Festa da Páscoa Judaica tem as suas bases no Torah (livro sagrado dos Judeus), cuja autoria é atribuída a Moisés, considerado o grande libertador do povo de Israel. Neste livro, a festa pascal é revestida de um sentido teológico no qual se conta que o povo de Israel estava a ser escravizado no Egipto.
O Pêssach, nos dias de hoje, é celebrado pelos Judeus exactamente da mesma forma como antigamente, mas sem o sacrifício do cordeiro, uma tradição mantida no Templo de Jerusalém. Actualmente a Páscoa Judaica tornou-se numa noite de lembranças e na qual se pretende manter a tradição desta festa entre as gerações de modo a preservar a religiosidade e a manter vivo o maior significado desta celebração: a liberdade.


Típica mesa do Seder



Alguns elementos essenciais para o Seder:

Mesa: Preparada com louças nobres
Velas: Simboliza a luz divina e segundo a tradição, afasta as trevas
Hagadot: Livros para acompanhamento das leituras

Matzot: Pães sem fermento que simbolizam a abertura do mar vermelho


Matzot

Hagadot





sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia da Universidade Lusófona do Porto



Todos os anos, o Dia da Lusófona pretende não só entregar os diplomas aos seus alunos, mas também brindar os presentes com atuações das tunas e depoimentos de todos os que colaboram para a evolução da Universidade.

O dia foi também marcado pela visualização do filme "A Descoberta do Futuro" realizado pelos alunos de Comunicação Audiovisual e Multimédia e terminou com a inauguração e visita à exposição «ULP Expõe».



Ipsis Style




   Laura Capella estudante da Lusófona



Qual é o teu estilo? - O meu estilo é uma mistura de hippie, mod e as vezes grunge.

Qual é a tua peça imprescindível? - Não vivo sem as sapatilhas!

Onde compras a tua roupa? - Em lojas de segunda mão e nas comerciais.




Trabalho Realizado por : Alexandra Alves 



Raspadinhas: Portugueses apostam na sorte

VISÃO

Este ano, a Santa Casa, já derramou no mercado mais de 270 milhões de bilhetes de raspadinhas, o que, contas feitas, dá 26 cartões por cada um dos 10 562 178 portugueses apurados nos últimos Censos. O êxito explica-se com simplicidade: por cinco euros, pode-se ganhar 2 mil euros, pagos ao mês, durante 12 anos - o maior prémio.


O jornal o “SOL” – fonte oficial da Santa Casa da Misericórdia, revelou que , com o agravar da crise a cada vez mais portugueses a apostar na sorte. Nos primeiros nove meses deste ano, a venda de raspadinhas aumentou 80% face ao ano anterior.
A “Casa Deus dá sorte”, na praça da Liberdade, no Porto, confirma esse disparar de vendas. Segundo o dono do estabelecimento – Manuel Simões – “ o euro milhões caiu um bocadinho, mas a raspadinha subiu exponencialmente, isso não haja dúvida, os 10.000€ que nós temos de plafom é totalmente esgotado, sexta sábado domingo já não há nada”.
Num momento em que raspar cartões da sorte, representa já 20% dos jogos da Santa Casa, chega ao mercado, uma nova raspadinha chega às casas de apostas : a mini pé-de-meia, com o custo de 1€.

O novo jogo oferece de primeiro prémio 500 euros/mês ao longo de cinco anos, ou seja 30 mil euros no total. O segundo prémio representa 250 euros/mês por dois anos e o terceiro permite ganhar 150 euros/mês durante um ano. A probabilidade de ganho é de uma em cada três raspadinhas.




Trabalho realizado por : Maria Girão Sá

Chocolataria Equador

Teresa Almeida e Celestino Fonseca estavam desempregados quando decidiram criar um conceito inovador.
É na Rua das Flores e na Rua Sá da Bandeira que a Chocolataria Equador conta histórias.



Abriu as portas à 4 anos e o chocolate de vinho do porto é o best-seller. A chocolataria encontra-se também nas Caves Ramos Pinto, com a qual tem parceria e onde promovem as provas do vinho com o chocolate.





Reportagem de: Filipa Alves, Luísa Azevedo e Susana Silva

Mário Jorge Bergoglio o primeiro Papa Jesuíta da História


 Alberto Fernandes colaborador CREU



   O cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio é o primeiro Papa latino-americano e o primeiro Jesuíta da História. A 13 de Março de 2013 a boa nova surpreendeu milhares de católicos. 
   Sendo o primeiro Jesuíta a comandar a Igreja Católica as expetativas crescem junto dos seus companheiros que acompanham de perto o desenrolar dos acontecimentos. Acima de tudo para os católicos, este é um momento de alegria e renovação espiritual. 
     Como afirma Alberto Fernandes, colaborador do CREU (Centro de Reflexão e Encontro Universitário), "muita gente dá-me os parabéns por este Papa ser Jesuíta e eu devolvo esses parabéns, por ser para ti o Papa também. Deixou de ser só companheiro meu e dos outros 19 mil Jesuítas para começar a ser companheiro dos cristão na terra".


Trabalho realizado por: Alexandra Alves




Ricardinho assina pelo Inter Movistar


Foto: Wiki Commons
Ricardinho vai cumprir um sonho antigo de jogar no campeonato espanhol de futsal, considerado um dos mais competitivos do Mundo. O ala português, de 27 anos, assinou contrato com a equipa de Madrid referente à época que se avizinha, 2013-2014.

Depois de, em 2010, ter ganho a UEFA Futsal Cup pelo Benfica, Ricardo Filipe da Silva Braga, ou “O Mágico”, como é conhecido no mundo do futsal, despertou o interesse de vários clubes mundiais, tendo sido contratado pelo clube espanhol, Inter Movistar.

O internacional português esteve durante 7 épocas ao serviço do Sport Lisboa Benfica, tendo sido, depois, transferido para o Japão por uma soma recorde em Portugal, na qualidade de jogador de futsal. Agora, três anos tarde, Ricardinho cumpre um desejo de jogar no país vizinho, rodeado de jogadores como o guarda redes espanhol Luís Amado, ou o ala Alvaro. 


Luís Miguel Costa



quinta-feira, 21 de março de 2013

Olhar



    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem
    é (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
fotografía tomada por Laura Capella
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.



    Celebramos o dia mundial da poesía com Fernando Pessoa


Porto Solidário: Campanha de Alimentos

A Câmara Municipal do Porto em conjunto com a Fundação Porto Social, está a levar a cabo uma campanha de recolha de alimentos para famílias carenciadas que decorrerá até ao dia 22 de Março. 




Está já a decorrer na cidade do Porto até ao dia 22 de Março, uma campanha de recolha de alimentos que, tem como objectivo, ajudar as famílias mais necessitadas.
Assim sendo, a autarquia e a Fundação Porto Social divulgaram os pontos de entrega de alimentos que estão espalhados pela cidade e são os seguintes:


  • Casa do Infante, Rua da Alfândega, nº 10;
  • Palacete Viscondes de Balsemão, Praça Carlos Alberto, nº 71;
  • Biblioteca Pública Municipal do Porto, Rua D. João IV;
  • Casa Museu Marta Ortigão Sampaio, Rua Nossa Senhora de Fátima, nº 291;
  • Quinta da Bonjóia, Rua da Bonjóia, 185;
  • Rivoli Teatro Municipal, Praça D. João I.

Os alimentos poderão ser entregues nestes locais de segunda à sexta, das 10h00 às 17h00.


Ao Sabor do Cinema

OSabor Do Cinema é uma actividade pensada pela Fundação de Serralves, consagrada a um público geral de cinéfilos, pessoas interessadas em interpelar (ou serem interpeladas) a imagem em movimento e discorrerem, discutirem sobre aquilo que vêem e analisam. São projecções-conversa estimulantes, trocas de ideias que, à semelhança do filme e do texto, não se esgotam, desde logo porque sempre há novos significados, referências, imagens e palavras a descobrir ou a redescobrir. Os ciclos ocorrem aos Domingos à tarde, arrancam às 16 horas e prolongam-se por esse sabor oferecido pelo cinema e o debate entre todos. A entrada é gratuita. Os dois filmes exibidos na última sessão, A Imitação e Notas para uma Oresteia Africana, respectivamente assinados por Saguenail e Pasolini, permitem-nos olhar subtilmente esse objecto de estudo grandioso e fascinante: a humanidade, pois claro, a condição humana e as suas vicissitudes, a morte, os problemas existenciais, mas também a justiça e a relação ambígua que alimentamos com os deuses mitológicos, mas também com Deus, dito universal, cristão.


Cartaz Oficial d'O Sabor do Cinema. Fotograma de Aniki Bóbó (1942), de Manoel de Oliveira

 
 
É essa humanidade, encarnada em Cristo, na sua paixão, no caminho doloroso até ao Gólgota, um bar de embriaguez e não um local bíblico, que Saguenail representa sem medo de acusações. Só para se ter uma ideia, num momento de enorme originalidade, a humanidade não se personifica num único rosto, antes numa sucessão vertiginosa de figuras, de plano para plano, interpretadas por 42 actores diferentes. A humanidade e as suas faces, rotativas, a olharem o destino consciente da morte, do sofrimento perpetrado às portas do bar ou no chão de uma casa-de-banho. Todos nos identificamos com esse Cristo estirado, em forma de cruz, ébrio, eterno padecente.

E depois da encenação, do espectáculo, depois do Cristo multifacetado ter deambulado pelos caminhos do martírio, ao ritmo da música poetizada de Ana Deus (apelido conveniente, diga-se) e da Paixão Segundo São Mateus de Bach convertida numa versão pop, electrónica, eis que o Cristo é expulso do bar, tal como o foi da vida, já morto, crucificado. As mulheres vêem desempenhar o seu papel de carpideiras, amortalham-no, choram-no. Enquanto isso acontece, a humanidade personificada desloca-se até um canto próximo da tela e, simplesmente, num acto de coragem apavorada, mostra-se balbuciante perante a eminência da morte, do messias anatematizado. A Humanidade (agora com letra maiúscula) interpela-se, directamente e sem escapatória, em frente a um espelho, a imagem do fado inelutável.



Fotograma de Apontamentos Para Uma Oresteia Africana (1970), uma 'ficção' de Pier Paolo Pasolini


Nos Appunti Pasolini pensa em voz alta, consigo, com o espectador, com os alunos negros da Universidade de Roma, num filme que não pretende ser nem um documentário nem uma ficção, mas tão só, com alguma ironia sensata, apontamentos para uma ficção. Enquanto pensa nessa “ficção”, Pasolini filma uma África de ricas planícies, de uma biodiversidade efervescente, rostos humanos que se dividem entre uma expressão séria e um semblante jovial, uma África descolonizada, mas acossada pelos ventos de regimes bem moldados, de ideologias firmes, influenciados pela intransigência política demonstrada pelo paradigma da Guerra Fria. Esses apontamentos precedem uma interrogação, essencialmente humana: é possível inventar, reinventar uma Oresteia africana, em plena modernidade? Pasolini acha que sim, que é possível, mas nem todos os alunos concordam com este princípio.

Tendo a história trágica por contexto, Pasolini, em jeito de casting, lança-se na procura de actores hipotéticos que se adeqúem ao papel atribuído. Escolhe uns, descarta outros. Este é o esboço de uma Oresteia africana, envolta em todas as transformações socio-políticas e culturais que o século XX fez questão de instaurar, propulsionada pelos ritmos emancipatórios do free-jazz, numa longa sequência em particular, conjugada pela batuta fantástica de Gato Barbieri. Os Appunti não constituem simples notas de um potencial filme, é todo um exercício de reflexão e análise, levado a cabo por um cineasta preocupado com os problemas do seu tempo. 


Veja mais informação sobre XXIII ciclo d'O Sabor do Cinema aqui

Por Joaquim Pinto

  
 
 

 
 

 

quarta-feira, 20 de março de 2013




Um belo passeio pela Ribeira do Porto, num dia solarengo e com a Ponte Luís I como pano de fundo.
Nada melhor para fazer no 1º dia de Primavera.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Leituras no Mosteiro

As Leituras no Mosteiro são uma actividade que convoca todos aqueles, homens e mulheres de diferentes idades e ofícios, interessados em participar numa experiência colectiva, plural, cívica, que é a leitura em voz alta, timbres agudos e graves, de textos teatrais escolhidos propositadamente pelos coordenadores, Nuno M. Cardoso, encenador, e Paula Braga, responsável pelo Centro de Documentação do Teatro Nacional São João (TNSJ). São viagens feitas, a partir da palavra encenada e representada, por países, culturas, literaturas e autores heterogéneos que, em síntese, se complementam, com os seus diálogos, monólogos, personagens e intenções.
Fonte: TNSJ

A sessão de 12 Março, a partir de peças curtas criadas por um conjunto de autores e escritores portugueses, começou pela leitura de Luto, peça escrita por Jacinto Lucas Pires, um diálogo entre Lurdes e António sobre uma história (porque, conforme é afirmado na primeira fala de Lurdes, “todos temos uma história para contar…”) que começa com um cigarro apagado, atravessa uma morte, um acidente rodoviário que vitimou a filha de Lurdes, Marta, e termina no interior de um carro, estacionado debaixo do olhar de um candeeiro que emana uma luz fraca, combalida.

Outra peça lida foi Parabéns, de Luís Campião, cuja acção se passa numa câmara frigorífica, prelúdio de um enclausuramento, distribuída por três personagens, Arnaldo, proprietário de um talho, homem de 61 anos, símbolo da virilidade masculina, opressor, preconceituoso e autoritário, Henrique, filho de Arnaldo, portador de uma personalidade mais indulgente, em oposição à altivez do pai, e Zé, empregado no talho, paciente espectador das imprecações corrosivas de Arnaldo. Interessante desfecho tem esta peça de Luís Campião, em que a ditadura envergada pelo dono do talho, que é, ademais, claramente racista, anti-semita e homofóbico, (há, aliás, uma alusão bem talhada aquela afirmação que ornamenta as sombrias portas de Auschwitz, o trabalho liberta) é derrotada pelo amor partilhado entre Henrique e Zé, união essa representada através de uma rosa vermelha, elemento disruptor se considerarmos que o cenário descrito é preenchido por carnes congeladas, ambiente lúgubre de um talho, que evoca inevitavelmente a carnificina exalada em campos de concentração, indústrias de morte.
Fonte: TNSJ

Outra peça, intitulada Tempo Suspenso/A Solidão do Palhaço, escrita por Paulinho Oliveira, é constituída por um interessante monólogo, em tom de desabafo, que espelha a condição humana, cénica, até existencial, do actor em cima de um palco, perscrutado pelo olhar incessante do público, que vem “espreitar” a “angústia” do mesmo. Mas tudo não passa, quiçá, de uma grande falsidade, de uma representação sem termo, à excepção do próprio actor, despido de papéis, pura carne, espectro do real. É o actor que abjurou a ficção. Mas, não será isso mais um papel, um simples papel “falso”? Esta é a grande capacidade de Paulinho Oliveira na peça, a capacidade de interrogar, de, por um momento que seja, arrancar a máscara ao actor e atirar-lhe a realidade, a frustração, as dúvidas, os sentimentos e as filosofias a um rosto desprotegido.

Por: Joaquim Pinto

SEM ABRIGO NO VOLUNTARIADO






Não se sabe ao certo quantos são, apenas que são largas centenas. Vivem á margem de tudo e todos e são ignorados pela sociedade.

Admite-se que sejam mais de seis centenas, a maioria portugueses, embora entre eles haja já uma larga proporção de estrangeiros.
A pobreza não escolhe idade, cor, nacionalidade ou crença.

Foto: casaporto.wordpress.com


Apesar do Natal estar a chegar, nem todos são aqueles que têm motivos para festejar. Com a crise aumenta o número daqueles que são esquecidos pela sociedade.
Na cidade do porto, em ruas várias, homens e mulheres (sobre)vivem da boa vontade alheia e de refeições oferecidas por várias associações de solidariedade. São apelidados de mendigos, vadios ou vagabundos, nomes normalmente depreciativos por quem passa na rua e não quer ver a realidade. Os números não são oficiais, pela dificuldade em fazer uma contagem que, quase diariamente se altera.

Estilo de “vida

Ricardo Garcia de 31 anos e Augusto Bento de 38 vivem nas “costas” do Teatro São João no Porto, em plena baixa da cidade. Companheiros na vida da rua, encontram-se nesta situação há seis meses. Ambos têm filhos, Augusto tem um rapaz de seis anos, e Ricardo, uma rapariga de quatro.
Ricardo perdeu o emprego, era e é cozinheiro. Devido a uma separação litigiosa, acrescida à falta de apoio da família, e à perda da guarda parental da filha, Ricardo, agora sem emprego, viu-se obrigado a enfrentar a rua.
A janela do Teatro São João, serve-lhe de algum abrigo para a chuva, mas ainda assim é o único aconchego de uma vida marcada pela solidão. “Esta vida não é fácil, mas não podemos desistir, tanto eu como todos os sem-abrigo, é preciso ter fé”, desabafou.
Agora ganha a vida a arrumar carros, afinal de contas, são os tostões ganhos ao final do dia que lhe garantem alguma subsistência.
Ricardo disse “Estou desempregado mas sou cozinheiro na C.A.S.A (Centro de Apoio ao Sem Abrigo), cozinho para noventa pessoas às quartas-feiras”, acrescentou sorrindo. Augusto, por sua vez, não cozinha, mas é também voluntário na equipa das quartas-feiras na C.A.S.A. Está encarregue do empacotamento das refeições em embalagens individuais para cada um dos sem-abrigo e posterior entrega.

Lígia Rodrigues, Coordenadora da C.A.S.A, afirma “A casa tenta que todos os dias haja alguém a distribuir comida quente aos sem-abrigo”,hoje levamos cem refeições e ás vezes não dá(...), é mesmo até ao limite da fila” (5 de Dezembro, quarta-feira). Ricardo Garcia e Augusto Bento, sem-abrigo, ajudam outros tantos sem abrigo, à troca de uma boa disposição, de um sorriso do outro lado. “Para nós é o melhor dia da semana, sentimo-nos úteis, sentimos que estamos a fazer algo para ajudar os outros, os restantes dias da semana somos uns trapos velhos sem saber para onde ir nem o que fazer”.
A maior preocupação dos companheiros é “tentar sobreviver, tentar agasalhar-nos o mais possível e pensar que amanhã será melhor, que o amanhã trará um cobertor a mais”.
Deixam um recado às pessoas que se encontram na mesma situação “não desistam, façam força para sair desta vida, sei que é difícil mas (…) e que tenham fé”.

Novos Sem-Abrigo

Lígia Rodrigues, acredita que se pode já falar em novos sem-abrigo, tal como de novos pobres. “São pessoas que, apesar de terem uma casa, vivem em condições desumanas, em habitações devolutas, sem água, luz ou até mesmo um colchão para dormir”, explicou.
Acredita que o número de pessoas carenciadas, “com ou sem tecto, vai aumentar”. “Os índices de pobreza são cada vez mais elevados. Na cidade do Porto, porta sim, porta não, existe uma família endividada. “A previsão é que aumentem ligeiramente”, sublinhou.



             

http://www.youtube.com/watch?v=GQiTmDCWRgA

Por : Maria Girão Sá

Ipsis Style: De saia ou de vestido mas sempre vintage.

Catarina Sanahuja, 20 anos 

O estilo vintage de Catarina Sanahuja

Ipsis verbis: Qual é o seu estilo?

Catarina Sanahuja: O meu estilo é mais urbano/vintage.

I.V.: Há alguma peça de roupa que não dispense?

C.S.: Não dispenso uma saia ou vestido preta.

I.V.: Onde é que costuma comprar a sua roupa?

C.S.: Actualmente as minhas lojas de eleição são a Zara, H&M e lojas de roupa em segunda mão e feiras de usados. 

A saia que não dispensa do seu guarda roupa.



Bruxismo: um acto que o leva a ranger os dentes


Vera Gomes, de 23 anos, range os dentes de forma rítmica, durante a noite, desde os 6 anos.

Obteve a confirmação que possuía a doença numa consulta de rotina no dentista, quando se queixou que tinha dificuldades ao abrir e fechar a boca e que a articulação temporomandibular fazia estalidos sempre que o fazia.

Bruxismo noturno pode assumir duas formas: a Centrica que consiste em cerrar os dentes e a excêntrica que é o ranger causado pelo movimento lateral da mandíbula contra o maxilar. Já o bruxismo diurno pode-se manifestar de várias formas, cerrando os dentes ou hábitos como roer lábios ou unhas.
O comportamento é involuntário e inconsciente.

“Existem várias formas de perceber se temos bruxismo, como por exemplo em situações de stress estarmos atentos se temos tendência a cerrar os dentes ou não, se houver a hipótese de alguém ouvir durante a noite o ruído do ranger dos dentes e posteriormente nos alertar e também podemos verificar se ao abrir e fechar a boca fazemos um estalido, caso aconteça é sinonimo que temos bruxismo e que já temos um desequilíbrio grande na articulação” afirma Vera Gomes.

O stress físico e emocional é a principal causa desta patologia. Porém, este problema também pode estar associado a outras doenças relacionadas com o sistema bucal, como por exemplo o alinhamento incorrecto dos dentes.
Os portadores de bruxismo normalmente sofrem de dores de cabeça e enxaquecas. As dores podem estender-se à zona do maxilar, pescoço e ombros. Feridas no interior da bochecha e na língua.

A Dr. Joana Silva, pós – graduada em ortodontia afirma que as principais consequências desta doença são o desgaste dentário, dores musculares na face, no caso do bruxismo nocturno. Os músculos da cara dos portadores de bruxismo são mais salientes, formando um rosto mais quadrado e problemas articulares devido ao excessivo trabalho muscular de contração e movimento da articulação. A articulação temporomandibular também será afetada e passará a fazer estalidos, restrição da abertura da boca e necessitar de desviar para o lado para conseguir abrir e fechar.

O bruxismo, neste momento, ainda não tem cura mas existem alguns tratamentos que podem ajudar o paciente a adaptar – se à doença. Como uma das causas desta doença é o stress o ideal é diminuir a carga de stress, praticando desporto e exercícios de relaxamento.
No caso do bruxismo nocturno o doente poderá usar uma goteira de relaxamento.

O doente, muito provavelmente, vai continuar a cerrar e a ranger os dentes, mas com a posição de relaxamento que a goteira  proporciona existe uma diminuição dos episódios de bruxismo o que pode ajudar a uma melhoria da qualidade de vida. 

Goteira de relaxamento no caso de bruxismo nocturno.

Concorda com a medida do governo em proibir a venda de drogas legais em smartshops?

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