O traje académico alem de ser o “uniforme” do estudante, simboliza a igualdade entre todos os estudantes.
Aproxima-se a semana académica e são muitos os universitários que procuram o traje académico, considerado o uniforme do estudante.
O Traje Académico deriva das vestes eclesiásticas e, desde sempre, é composto pela capa e batina. Este facto realça o efeito da Igreja no Ensino. Foi o clero que, até ao século XVIII, deteve o monopólio do ensino.
Apesar de actualmente se apresentar uniformizado, nem sempre o Traje Académico foi como o conhecemos hoje, uma vez muito ligado à igreja. É nos finais do século XIX, com a introdução da calça comprida, que ele começa a aproximar-se daquilo que conhecemos hoje.
O traje terá surgido como uma medida de indistinção entre o pobre e o rico, concentrando o esforço da distinção académica única e exclusivamente nas capacidades do estudante. De Capa e Batina, não existem distinções entre pobres e ricos. Todos são iguais. A única forma de alguém se evidenciar é através do uso da inteligência.
Mafalda Tavares, frequenta o 1º ano no ensino universitário, afirma que não participa nas praxes nem nas actividades académicas, diz que não é anti-praxe mas não se identifica com essas actividades, por isso, não faz sentido comprar o traje. Já Daniela Machado, aluna do 3ºano afirma que desde o seu primeiro ano participou em todas as actividades académicas tanto como caloira, como doutora e que mal entrou para a universidade comprou o traje. Afirma que este ficará como lembrança dos anos que estudou.
Esta tradição parece estar longe da extinção, porque todos os anos são milhares os alunos que participam nas praxes com o objectivo de usar o traje académico.
Por: Joana Silva
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