A taxa de desemprego sobe a cada dia que passa. Não só em Portugal, mas também na Europa e no resto do mundo. Vladimir Teixeira e Maria Oliveira são dois dos milhares de afetados pelo problema em Portugal.
O número de inscritos no centro de emprego sobe diariamente
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“É muito complicado estar numa situação de desemprego com três filhos a estudar” refere Maria Oliveira (nome fictício) com tremura na voz. Com 53 anos, mãe de três filhos e moradora na periferia do Porto, mais concretamente em Ermesinde, não quis revelar o nome, apesar de não ser alheia à situação de desemprego que afeta o país. Maria, como lhe chamámos, afirma ser difícil sustentar a situação, “só com o [meu] marido a trabalhar é complicado suportar todas as despesas de casa, alimentação, vestuário e escolares”. Maria partilha esta realidade com milhares de portugueses que, tal como ela, não têm trabalho e vivem com apenas um ordenado e da caridade de familiares e amigos.
Dona de uma postura derrotada, a mãe de família declara “desde que fechei o café que nunca mais consegui arranjar nada e já ando há oito meses à procura de qualquer coisa”.
“Devia ter estudado mais”
“Cada vez mais é preciso pensar no futuro a nível profissional”
Vladimir Teixeira, de 26 anos, é cidadão angolano e tem também nacionalidade portuguesa. Está desempregado desde Junho de 2011, sendo a sua última entidade empregadora o Clube de Basquetebol de Penafiel. Quando questionado sobre o motivo do fim do contrato responde com amargura que a razão foi “o incumprimento do clube no pagamento dos meus salários, por dois meses". Confessa também que “felizmente” não precisa de trabalhar ou procurar emprego no momento pois recebe uma bolsa de estudo do governo angolano.
Veja no Instituto Nacional de Estatística dados recentes sobre o desemprego em Portugal e compare com os dados da Eurostat que abrangem a Europa a 27.
por: Pedro Miguel Martins
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