quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carnaval: O outro lado da folia

O mês de fevereiro é por norma o anfitrião daquela que é considerada a festa popular mais famosa do globo. Com origem na Grécia, e em tempos conhecido como “Entrudo”, o Carnaval é na verdade uma comemoração da ilusão de diversão.

Este ritual mundano é um pretexto com contexto muito particular, hoje moldado por linhas e traços invisíveis, a pura ficção dentro de uma realidade completamente adversa. O amor, a paz, a solidariedade e tão proclamada alegria não são valores definidos com régua e esquadro, fevereiro está longe de significar tudo isso, e o Carnaval ainda que contra aquilo que os seus milhões de foliões defendem e acreditam, está longe de representar a alegria que supostamente observamos nos seus rostos.

Contudo, é curioso assistir e presenciar o poder moralizador deste festejo – uma injeção com fins para lá de terapêuticos, e perceber como a propaganda e o marketing dominam mentes que nos tempos que correm deviam por si só estar supostamente mais apuradas.
Chamamos Carnaval porque realiza-se numa época diferente e a indústria que controla estes domínios como as outras grandes manifestações de humanização defende valores muito particulares. Portanto, falamos em Carnaval porque estamos em fevereiro, como ainda recentemente falamos no dia dos namorados. E daqui a uns meses falaremos na Páscoa, Natal e assim sucessivamente, tudo em nome da indústria mágica que produz felicidade em épocas específicas em nome de um ideal de consumo – esquece que o momento não é de euforias e exageros.
                                                                                                                               Por: Vladimir Teixeira

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