terça-feira, 7 de junho de 2011

Setas ou Dardos...Desporto?

Dardos ou setas como lhe chamam, é o nome dado à modalidade desportiva, que consiste no arremesso de dardos contra um alvo circular. Ganhou popularidade mundialmente, passando de uma modalidade amadora para profissional.

A seta ou dardo era feita de um pedaço de madeira com quatro centímetros de comprimento, acabado numa ponta em metal e na outra colocavam-se penas, para facilitar o voo. Foi também durante esse tempo, que o sistema de numeração nas tampas de barris e a distância no arremesso foi criado e ganhou aceitação. Por volta, do final do século XIX, o jogo tornou-se como nós o conhecemos hoje.
Em Inglaterra, os dardos foi considerado um jogo ilegal (jogo de azar), até 1908, quando um proprietário de um bar, foi presente a tribunal por ter desafiado a lei. Perante o juiz, o arguido munido com um alvo e dardos foi capaz de demonstrar, que este jogo era de facto um jogo de habilidade e não de azar.
Com a popularidade que esta modalidade alcançava, os proprietários dos bares começaram a instalar alvos nos seus espaços, e facilmente, foram surgindo ligas e organizações. Esta evolução deu-se de tal forma, que no seculo XX os torneios anuais realizados em Inglaterra, tiveram coberturas jornalísticas pelo jornal News of the World, impulsionando ainda mais a popularidade.
Foi também durante esse período, que a fama se estendeu a países como a Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, abrangendo coberturas televisivas de torneios.
Com este mediatismo, a modalidade tranformou-se numa vertente desportiva com alguma seriedade, com jogadores profissionais, originando a proliferação de grandes organizações nacionais que administravam os torneios e entusiasmavam também mais patrocinadores.
A primeira dessas organizações foi a British Darts Organization (BDO), fundada em 1973 e três anos mais tarde, foi criada a Federação Mundial de Darts (WDF) que reúne todas as organizações mundiais e rege a modalidade.
Os avanços tecnológicos não tem ignorado esta modalidade, e hoje, também existem alvos electrónicos.


Cobertura Televisiva

Após a primeira cobertura televisiva (Lada UK Masters, transmitido pela Anglia Television, em 1992) desta modalidade, a Sky Sports assinou um contrato de exclusividade, para transmitir três eventos anualmente, de forma a rentabilizar o seu investimento, este canal introduziu um variado número de técnicas inovadoras que tornaram estas transmissões mais atractivas para os telespectadores. Outrora esses eventos eram transmitidos pela BBC2 através de excertos, incluídos em rubricas de outros programas de desporto generalistas. A Sky Sports, canal exclusivamente desportivo, que começou a difundir os jogos na íntegra com mais de dez horas por dia de transmissão.
Em cada intervalo comercial, a Sky Sports incluia o tema "Chase the Sun" dos Planet Funk tornando-se num hino para todos os fãs de setas.



Actualmente, a Sky Sports transmite 6 grandes Torneios por ano na Inglaterra e Irlanda, que são transmitidos também na Australia, Alemanha, Hungria, Japão, Holanda, Singapura, África do Sul e USA.

Camaras de TV 
A Sky Sports introduziu camaras específicas para captarem imagens do vôo das setas em câmara lenta, produzindo imagens únicas e surpreendentes. Uma mini cãmara é embutida no próprio alvo, permitindo a visualização da seta a voar e outra para captar o jogador em posição frontal. A Sky Sports já chegou a colocar camaras nas camisas dos jogadores, de modo a podermos ver a sua perspectiva enquanto joga.


Espalhadas pelo recinto, existem algumas camaras operadas por gruas, que voam sobre o público captando as suas reacções, levando-o ao rubro, chegando a levantar placards humorísticos com expressões de apoio aos jogadores.
Alguns fãs mais entusiastas, chegam a fazer pinturas na cara e a vestirem-se com roupa similar à dos seus ídolos. Esta modalidade conseguiu atraír também uma audiência mais jovem e de ambos os sexos. Ao longo dos anos, tornou-se comum vermos políticos, músicos, jogadores de futebol, de boxe e de outros desportos a assistirem ao vivo a estes eventos.




Os jogadores são apresentados e conduzidos por senhoras até ao palco, desfilando pelo meio do público rodeados de seguranças), ao som de um tema musical à sua escolha que se torna como uma "assinatura".
É adicionado ainda mais ênfase a este ritual ,através dos efeitos criados por máquinas de fumo e de robots com flashes luminosos de várias cores, similarmente ao que se faz no boxe ou no wrestling.








Devido à quantidade de potência de luz, e ao elevado número de pessoas no recinto, em alguns encontros a temperatura chega a atingir os 50ºgraus, para prevenir a desidratação, os jogadores enquanto só podem beber água. Isto visa melhorar a imagem da modalidade, denegrida por alguns jogadores por consumirem grandes quantidades de álcool.





 
Dentro dos recintos, os jogos são projectados em ecrãs gigantes de modo à assistência poder vibrar com a colocação exacta das setas no alvo.



A modalidade em Portugal

A modalidade das setas é praticada em Portugal, de forma organizada, há já alguns anos, e está implementada como em todo o mundo, sob a égide da Wold Darts Federation (WDF) promovendo provas em vários países, desdobradas em duas vertentes da modalidade, sisal e electrónico.
Regido pelo Instituto do Desporto de Portugal, O Comité Olímpico e a Confederação do Desporto em Portugal e dividide-se em associações por regiões: Associação de Setas de Lisboa; Associação de Setas do Porto; Associação de Setas da Zona Oeste; Associação de Setas de Setúbal e Associação de Setas do Algarve.

O campeonato está dividido por equipas pela 1ª,2ª e 3ª Divisão, onde é apurado um campeão regional por divisão, que irá disputar o respectivo título nacional com os restantes campeões regionais, nas finais nacionais.
Em paralelo são também organizadas provas de rankings, nas especialidades de singulares femininos e masculinos, pares femininos e masculinos, pares mistos, juniores masculinos e femininos e ainda um torneio de capitães, aberto a todos os capitães das equipas.
Estas provas, só para sócios, são disputadas com a finalidade de apurar um determinado número de jogadores, em cada uma das diferentes especialidades, para competirem o respectivo título absoluto, nas finais nacionais.
As finais nacionais são provas realizadas anualmente, com responsabilidade organizativa alternada entre todas as associações. Durante este torneio, os apurados das diferentes associações jogam entre si, definindo-se assim os campeões nacionais de cada uma das diferentes especialidades em disputa.

O campeonato de máquinas está dividido por duas divisões, e são realizados Campeonatos Ibéricos e Mundiais de Setas Electrónicas, organizados pela marca Bullshooter e Radikal, jogando-se por equipas ou individualmente. Nas setas electrónicas organizadas pela Bullshooter, Portugal em 2010 já teve os seus palmarés na representação do título mundial no Japão por equipas, obtendo a terceira posição como classificado mundial e o primeiro lugar europeu.





Setas reconhecidas como Desporto
 

Em Inglaterra, após uma luta rigorosa com o Ministério da Cultura pelo reconhecimento das setas, a grande notícia, surgiu a 25 de Março de 2005. O estatuto de desporto para as setas deve-se a Bob Russell, promotor do Ministério Público que promoveu esta causa, levando-a a discussão no Parlamento.

Este anúncio surgiu, vinte quatro horas após Phil Taylor, Colin Lloyd e Bob Anderson (profissionais ingleses da modalidade) se terem encontrado com cinquenta promotores do MP, numa exibição de setas especialmente organizada nos edifícios do Parlamento. O DVD que acompanhou a apresentação não só foi realizado com a participação de alguns jogadores profissionais (homens e senhoras) como também contempla imagens recolhidas em eventos para jovens, que foram parte integrante duma campanha governamental onde demonstravam interesse neste desporto.
A acompanhar toda a informação, ainda continha um estudo recente que revelava que uma grande percentagem de pessoas residentes em certas áreas, praticavam esta modalidade, mais frequentemente do que futebol, râguebi, ou cricket (jogos de massas no reino unido).
O capitão da equipa Inglesa Martin Adams e um dos seus companheiros Mervin King foram usados como “medidores de distância” durante os campeonatos mundiais de profissionais, de modo a poderem mostrar o lado físico das setas. Durante o seu percurso até à final, Martin Adams percorreu um total de 25.37 kilómetros, tendo registado um total de 33310 passos a jogar e recolher as suas setas!

 

Em declarações ao “Planetdarts”, o presidente da PDC, Barry Hearn, terá dito, “É uma grande notícia para os nossos jogadores que poderão ser vistos agora oficialmente como atletas apropriados, que é o que merecem pelo trabalho duro e dedicação demonstrada semana após semana. Isto ajudar-nos-á a continuar e a levar as setas ao nível seguinte…”

Em nome do desporto Inglês, o executivo Roger Draper, anunciando a notícia, declarou: “As setas são um desporto jogado por muitos milhares de pessoas em todo o país. A apresentação das setas como um jogo de pub ajudou a popularizar o seu culto mas a realidade é que são jogados em vários locais, que variam das escolas às casas de espectáculo, aos clubes sociais e aos centros desportivos”.

Foram também cruciais para o sucesso desta apresentação, as regras bem definidas, assim como todo o seu regulamento e filosofia, desde a política anti-dopping, código de indumentária, e por não permitir fumar e beber álcool aos seus jogadores, oficiais e colaboradores.

Até à data de hoje, somente a Inglaterra reconheceu e classificou as setas como um desporto, agora a próxima batalha é a introdução para modalidade olímpica, já para 2012.


Por: Anabela Pestana (praticante profissional da actividade desde 1997)
























Geração Esclarecida

Os resultados das eleições legislativas vieram provar o desagrado vivido por todos os portugueses, a desconfiança sentida por muitos e uma geração que vive “à rasca” mas vive informada, e consegue manter-se descontraída.
No dia 12 de Março de 2011, o protesto da “Geração à Rasca” mobilizou cerca de 500 mil pessoas pelo país inteiro. Organizadas pelo M12M (Movimento de 12 de Março) através das redes sociais (Facebook, Twitter, etc), as manifestações tiveram uma adesão inesperada de aproximadamente 200 mil pessoas em Lisboa, e 80 mil no Porto.
Nomeando-se um “movimento informal, não hierárquico, apartidário, laico e pacífico que defende o reforço da Democracia em todas as áreas”, o M12M viu-se apoiado tanto por grupos de extrema-direita como de extrema-esquerda. Garcia Pereira, o líder do PCTP-MRPP e Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, juntaram-se às massas na manifestação de Lisboa.
Quase 3 meses depois das manifestações, as eleições legislativas obtiveram resultados chocantes com 41,1% de abstenção (número mais elevado de sempre em legislativas). As reacções foram várias, e dentro das redes sociais, uma destacou-se: “Onde estava a Geração à Rasca?”.
O próprio movimento da geração à rasca, M12M, lutou contra a abstenção com iniciativas para o esclarecimento dos cidadãos. A organização chegou a enviar questões a todos os partidos sobre os programas eleitorais e a partilhar as respostas online, para que os cidadãos pudessem “votar informados” nas legislativas de domingo passado.
Apesar destas medidas, a maioria dos jovens apresentou-se duvidosa da fiabilidade dos partidos em campanha e, face a questionários do Facebook, respondeu que não iria votar, justificando-se com a frase “não existe um partido político credível em Portugal”.
No rescaldo das eleições, circulam inquéritos online pela população jovem portuguesa, que tentam averiguar quais as razões para um número tão alto de abstenção. As respostas variam desde “Falta de responsabilidade cívica”, “Estupidamente há muita gente que não quer saber disto para nada”, até
“Se um dos candidatos fosse o Chuck Norris aposto que descia para 0%”
. Mas quando inquiridos pessoalmente, as respostas são mais ponderadas. Sílvia afirma que não votou porque nenhum candidato “era de jeito”, já Elsa Correia viu-se impossibilitada de o fazer porque estava a trabalhar.

Outros votaram, mas não no partido usual. Pedro Brandão, bloquista, votou no Partidos dos Animais e da Natureza porque “se não por apresentar um novo conceito e uma ideologia consciente, pelo menos para tentar conseguir eleger um deputado dos chamados partidos pequenos”. Já Francisco Fernandes, “camarada “ de Pedro Brandão, votou no Partido Democrático do Atlântico por “ter sido dos únicos a apresentar um programa eleitoral decente”, defendendo que “a maioria dos portugueses não analisa todos os programas eleitorais mas só o do seu partido”.
Apesar do grande número de abstenção, os poucos “membros” da Geração à Rasca que votaram (mesmo que voto branco), mostram ser uma geração esclarecida. Num país em que, até agora, só dois grandes partidos “prosperavam”, os pequenos partidos começam a conquistar apoiantes, por vezes de formas pouco convencionais como através das redes sociais.
A Geração à Rasca demonstra ser uma geração preparada para um futuro incerto e com capacidade para combater o imprevisto, mesmo que signifique “votar para mostrar o desagrado”.


Pode consultar os resultados das eleições aqui
Mais informações do M12M aqui


Por: Lara Costa


Jovens vivem experiências noturnas precoces

Jovens e adolescentes estão cada vez a sair mais à noite, encarando as saídas noturnas como sinónimo de libertação e independência. Para os pais, os problemas e preocupações começam mais cedo. A rebeldia e os excessos são atitudes comuns.


São jovens ou até mesmo crianças que dos 12 aos 15 anos querem ir para as discotecas. A vida noturna já não é um meio desconhecido, uma experiência vivida por cada vez mais jovens. As saídas à noite dos filhos são para os pais motivo de preocupação. Sem saberem que decisão tomar, muitas vezes ficam divididos entre deixar sair ou não, já que a estas saídas podem estar associados alguns perigos como o consumo de álcool e drogas, a violência e as relações sexuais de risco.
“ Gosto de sair á noite para não ser excluída pelos meus amigos. Os meus pais nem sempre têm conhecimento quando saio, por vezes digo que vou dormir a casa de uma amiga” Bárbara Silva 15 anos.
“Normalmente vou a discoteca com a minha tia, uma vez que já é adulta os meus pais deixam-me, mas não tenho por hábito sair à noite” Esperança Lucas 17 anos.
Segundo a Socióloga Isabel Babo Lança, contextualiza essas atitudes nos jovens mediante as lógicas vigentes num espaço público contemporâneo, as normas e as convenções têm vindo já desde o século XX a decair. Verificou-se ainda que esta questão do culto do “eu” de uma personalização excessiva tem custos elevados, a perda da identidade é um deles. “É lamentável ver jovens a serem conduzidos aos hospitais ou o mais grave ainda é a não serem levados aos hospitais porque às discotecas que os vendem álcool não querem ser identificadas” sublinhou a socióloga.
Afirmou ainda que cultura não deve ser chata, e é ai que os pais, professores e psicólogos entram e têm um papel fundamental para a orientação dos jovens para que entendam que é possível divertirem-se sem consumirem álcool ou saírem à noite.

As estatísticas dos bancos de urgência registaram um aumento elevado nos últimos anos de jovens que em épocas festivas dão entradas nos hospitais inconscientes.
Sair à noite para os jovens é sinónimo de regresso a casa às cincos ou seis horas da manhã. Algumas discotecas optaram por abrir mais cedo para que os jovens divirtam-se até à meia-noite. Mas para esses jovens o conceito mudou, têm que “curtir” à noite toda como gente grande e para apimentar as meninas vestem-se como adultas, de minissaia, top decotado, pintadas e de saltos altos.




Por: Zanaida Augusto

Terceira idade: Envelhecer bem

O envelhecimento bem-sucedido é cada vez mais importante, quando há um crescimento da população sénior. Existem alternativas proveitosas para melhorar a qualidade de vida na terceira idade.

O significativo crescimento da população idosa tem um impacto social. Dada a situação, importa promover um envelhecimento aliado ao bem-estar e qualidade de vida. Para que isto aconteça, é importante estar a par das alternativas aconselháveis, para todos os gostos e carteiras.
 Olímpia Soares, com 79 anos, mantém o contacto próximo com a família e considera isso como um factor importante na sua vida. Faz questão de os convidar em épocas especiais e manter essas relações privilegiadas ”chamo-os e levo-os a comer em casa ou ao restaurante. Sou muito amiga dos meus filhos, eles convidam-me muitas vezes para ir a casa deles”, diz entusiasmada.
 Para além destas relações, faz questão de preencher os seus dias com visitas “a amigas ou doentes”, a fazer o trabalho doméstico mais básico e caminhadas “todos os dias dou uma voltinha porque faz bem”. Cidália Lima, com 78 anos acrescenta alternativas para o idoso se manter activo no contexto social, físico e mental “todos os sábados vou ao shopping para me encontrar com as minhas amigas. Durante a semana vou até ao cafezinho para me distrair. Quando a câmara organiza actividades, inscrevo-me sempre!”.

Exemplos de como se pode preencher os dias e de forma diferente, ora dedicando-se aos outros, de forma a colmatar não só a sua solidão como a dos outros. Ora dedicando-se às tarefas domésticas, pequenas actividades benéficas para o exercício mental e exercício físico.
A componente física é muito importante para a condição de vida nos idosos, “é uma forma dos músculos não atrofiarem, quanto mais activos, tanto a nível físico como mental, melhor se encaminham com o avançar da idade”, diz Sílvia Portela, professora de psicologia.  
E é neste mesmo caminho que está Maria Rocha. Com 69 anos, faz o trabalho de campo a um ritmo notável. Desde que adquiriu um vasto terreno, cultiva vários legumes, frutos e animais – desde galinhas, coelhos a ovelhas, cabras e porcos e ainda tem tempo para fazer jardinagem. Tudo isto feito única e exclusivamente por ela. Faça chuva, faça sol, Maria Rocha acorda com o cacarejar das galinhas. O dia começa cedo, as vicissitudes da velhice não a fizeram parar, mas sim abrandar o ritmo “as pernas começam a ganhar caruncho, a coluna também, e é o que faz uma pessoa cansar-se senão não me cansava”, diz em tom de brincadeira. Segundo a tese “Qualidade de vida e solidão na terceira idade” de Ana Filipa Alves dos Santos, da Universidade Fernando Pessoa, estes testemunhos reúnem todos ingredientes para se envelhecer bem.
É difícil obter espaços disponíveis para fazer o que Maria Rocha faz com os seus terrenos, mas também existem serviços sociais de apoio aos idosos e lares de luxo.
O programa Apoio 65 – idosos em Segurança, iniciativa do Ministério da Administração Interna, um projecto integrado no policiamento de proximidade (PIPP) para criar melhores condições na qualidade de vida dos idosos. Um projecto que consiste em “dar resposta (principal ou alternativa) às necessidades como: acesso e controlo de informação útil e dos seus direitos, qualidade de alojamento e alimentação, falta de retaguarda e suporte familiar, apoio na doença, entre outros”, afirma o subcomissário Marco Almeida.
Há ainda um outro projecto em curso entre a Câmara Municipal do Porto e a Federação Académica do Porto, o Programa Aconchego. Um programa a pensar em todos os Séniores da cidade do Porto e universitários. Os idosos cedem espaço para mais uma pessoa (universitário) e ganham uma companhia, os universitários beneficiam de uma casa cómoda para morarem.
Um programa que ajuda a colmatar a solidão na terceira idade, uma das componentes importantes para o bem-estar do idoso e melhorar a sua qualidade de vida, com os serviços médicos e apoio domiciliário oferecidos por este. O projecto aproxima os jovens dos idosos numa possível troca de valores propícia a ambos. O subcomissário Marco Almeida refere ainda, a longo prazo, responder de maneira significativa aos pedidos dos idosos, mas para isso, é necessário “um trabalho em rede é fundamental para conseguir mais e melhor intervenção junto da população sénior”.
Para quem beneficia de uma boa estabilidade financeira pode optar pelos lares de luxo. Entre a vasta gama de serviços personalizados e evolutivos, estas instituições de luxo têm o cuidado de criar soluções à medida de cada hóspede, para esteja acomodado com o maior conforto possível.
Alternativas favoráveis para melhorar as condições de vida nos indivíduos e aumentar a esperança média de vida. É neste sentido que as alternativas mencionadas são proveitosas para melhorar as mudanças ocorridas no processo de envelhecimento. O processo de envelhecimento tem um grande impacto na vida dos indivíduos e consequentemente na sua qualidade de vida definida pelo nível de satisfação com a vida, na qual depende do envolvimento de vários factores, como hábitos de vida, de actividade física, da percepção de bem-estar, das condições físicas e ambientais, do relacionamento familiar e da amizade, como refere em Qualidade de vida e solidão na terceira idade por Ana Filipa Alves dos Santos.

Por: Carina de Barros

"A Rua é a minha casa"



Hipotecaram as suas vidas desde que foram viver para as ruas acompanhados pelo vício. A droga, o álcool e os problemas familiares fizeram com que estes homens e mulheres abandonassem uma casa com tecto, para se tornarem sem-abrigo na cidade do Porto.

Sete anos, 2555 dias é o tempo que “Tiago” (nome fictício) vive nas ruas da cidade do Porto: “Perde-se a noção do tempo, os dias são todos iguais”. Hoje, aos 29 anos confessa que foi o vício da droga que o desencaminhou. Afirma que sempre foi um jovem difícil e que a mãe, a única pessoa que se preocupava com ele, apesar de o ter castigado não conseguiu com que ele “ganhasse juízo”. Mesmo mostrando-se reticente, encolhendo os ombros sempre que lhe era perguntado algo sobre a sua vida, por essa razão não quis tirar fotografias nem dar o seu nome verdadeiro, continua “O meu pai chegava a casa muitas vezes bêbado e batia na minha mãe, assisti muitas vezes a cenas de violência e cheguei a um ponto que não aguentava mais, meti-me com as pessoas erradas e hoje estou nesta vida”, recorda.“Para ganhar dinheiro, arruma carros, pede nas ruas ou desloca-se até às portas de mercados, onde costuma estar muita gente. Esse dinheiro vai exclusivamente “para o vício”, pois “os restaurantes na hora do fecho dão os restos, e quem já está na rua há muito tempo sabe onde se deslocar”.
As equipas de rua que, à noite, confortam os estômagos dos sem-abrigo e aquecem os seus corpos cruzam-se várias vezes com a rotina de Tiago. “São uns chatos, mas ajudam-me”, afirma. Apesar de ainda ser um jovem afirma que não quer “voltar para casa” e sabe que “deixar isto é uma tarefa difícil, por isso, não me engano a mim próprio”. “Tiago” afirma “a rua é a minha casa”.

Veja aqui mais informações sobre os sem-abrigo do Porto.
Veja aqui o retrato de uma mulher sem-abrigo.
Veja aqui informações sobre o Perfil dos sem-abrigo do Porto.


Por: Joana Silva

“Uma precoce carreira de sucessos” – Reportagem Zé Manel (Projecto Darko)

Com apenas 23 anos, Zé Manel, actual vocalista do projecto Darko, é dono de um talento musical inalcançável. Zé nasceu em Lisboa, todavia, foi na Covilhã que viveu até aos quatro anos e em Viseu que passou onze da sua jovem vida. Além de sua vida musical, Zé Manel já tem participado em várias edições do Portugal Fashion, como em 2004 e 2005, onde desfilou para a Lion of Porches, participou nas peças de teatro “Everything but the clothes” e “Campos de amor”, no famoso Teatro Viriato, em Viseu. Em 2009, desintegrou-se do grupo Fingertips, para iniciar um novo projecto, no qual tem estado a trabalhar até à presente data.
Nome : José Manuel Correia Ferreira Bicho.
Data de Nascimento : 4 de Maio de 1988.
Altura : 1,82m.
Cidade onde gostaria de viver : Londres.
Gosta de : Cantar, escrever, tocar piano, cozinhar e pintar.
Filme favorito : Vanilla sky.

Os primórdios da sua carreira musical (Clique aqui para saber mais)

Desde finais de 2010, tem estado em estúdio a produzir temas para o novo projecto, acompanhado da sua nova banda, de nome: “Darko”, que no final do último mês de Maio apresentou o novo trabalho, que se intitula “Borderline personallity disorder”. Foi agora aos 23 anos, que Zé Manel decidiu dar início a um novo capítulo na sua vida profissional com o projecto Darko, depois de se ter destacado durante 8 anos como vocalista e letrista dos Fingertips e como “alma” da banda. Quando abordado sobre o enorme hiato que decidiu fazer desde o fim da sua ligação aos Fingertips, em 2009, o entrevistado referiu que : “A pressa é inimiga da perfeição” e que esse mesmo ano foi um ano de grandes mudanças na sua vida, e onde muita coisa pesou. Cansou-se, de certa forma, de ser o “miúdo engraçadinho de cabelos compridos dos Fingertips”.

Darko nasceu da vontade de Zé Manel se expressar livremente, através das músicas e letras que foi acumulando ao longo dos anos nos arquivos de sua casa. O resultado foi a criação de um trabalho extremamente pessoal, onde se vangloria, que sem qualquer aula de música ao longo dos anos, de ter sido ele que fez as letras, músicas, produção do disco e que se orgulha muito de si mesmo, recordando a questão do dom, o qual foi importante para conseguir o que já conseguiu e ambiciona muito mais no futuro.Este último disco que – segundo zé – lhe enche as medidas, pois é um trabalho tão pensado como espontâneo e é com orgulho que afirma ter feito o disco que quis, da forma mais simples que pôde existir: com franqueza e amor a tudo o que viveu nesta curta vida. Revela-se, actualmente, um fã incondicional das redes sociais (facebook), pois considera imprescindível a comunicação com o público-alvo e entende estas ferramentas digitais como uma forma de chegar a todos, de forma bastante fácil, sem quaisquer custo.

“ A música não é o meio de comunicação por excelência, a arte sim"

O novo projecto Darko...
 A escolha do nome do projecto foi difícil, mas acabou por ser finalmente uma óbvia alusão ao brilhante filme de culto “Donnie Darko” do realizador Richard Kelly, muitos jovens tem influenciado, ao longo da última década.
“Darko poderia ser muitas coisas que gostava de ter sido e que espero ser, mas penso que no fim anos de trabalho não consegue ser mais do que simplesmente eu – a minha pessoa. Acaba por ser o encerrar o encerrar de uma década de ilusões, desilusões, conquistas e falhas”…

Do projecto fazem parte: Zé Manel (vozes e piano) Jorge Oliveira (bateria), Jorge Loura (guitarras), Alexandre Leão (baixo) e Miguel Amorim (teclas). Após algumas tentativas, Zé Manel acabou por avançar o tema de avanço deste novo projecto, que se chama: “Define Joy”. Uma canção que reflecte os paradoxos da sociedade actual, das relações amorosas, das dúvidas profissionais e inquietações pessoais. Fala-nos de como a felicidade é apenas estado temporário, efémero – refere. Clarificou-nos que o seu novo álbum será composto por 13 temas e que estará nas bancas no início do mês de Junho. Os arranjos são dos elementos da banda, a produção de Rui David (Hands on Approach), com a co-produção de Zé Manel e foi gravado entre Junho e Dezembro de 2010 no RD Estúdios, em Setúbal.
Várias pistas foram deixadas ao longo da conversa que permitiram concluir que Zé Manel tem visão, meios e, sobretudo, ambição e ideias que poderão ajudar a conferir aos seus projectos uma envergadura muito assinalável e um futuro muito sólido…

Em jeito de despedida deixou-me um “Obrigado por tudo, divirtam-se e sejam felizes”.

Escute aqui o novo single de estreia :

Reportagem elaborada por:
J. Miguel Garcia







3D na palma da mão

A constante evolução tecnológica prevê um futuro interactivo. O efeito 3D, a nova moda está cada vez mais presente na vida dos portugueses.

Embora a nova moda de entretenimento tenha ganho um destaque gigante com o filme Avatar de James Cameron em 2009, o conceito não é recente. Foi em 1952 que aconteceu a primeira tentativa de cinema 3D na América. Contudo a fragilidade da época não permitiu que fosse desfrutado e visto como algo concretizável mas criou entusiasmo. Os óculos de papel com uma lente de cada cor ficaram no passado. Agora temos ao dispor uns óculos modernos, flexíveis. 

         
 O efeito 3D é obtido com a sobreposição específica de duas imagens que devem ser vistas com uns óculos próprios cujo propósito é criar uma imagem diferente para cada olho e consequentemente o cérebro criará a ilusão de profundidade. É assim que se obtém momentos distintos da mesma figura – profundidade, distância, tamanho e até movimento. De explicar que este processo tem o nome de visão estereoscópica. Para obter o resultado final, duas imagens são projectadas em pontos distintos e ambas devem ser devem ser captadas ao mesmo tempo para criar a sensação de realidade. As câmaras estereoscópicas que simulam a visão humana são colocadas a aproximadamente seis centímetros uma da outra (a distância média entre os olhos de uma pessoa). João Alves de Sousa, docente na área do 3D na Universidade Lusófona do Porto considera que ‘’mais cedo ou mais tarde a maioria dos conteúdos audiovisuais começarão a ser transmitidos em 3D. Apesar da estereoscopia não ser indispensável, acaba por ser uma evolução natural, como a da televisão a preto e branco para cores ou os telemóveis com teclas para os Touchscreen’’.




Para saber quais as actuais aplicações do 3D clique aqui

Para conhecer as salas Imax clique aqui

Por: Catarina Marinheiro


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ciberjornalismo e imprensa escrita

O ciberjornalismo é uma prática jornalística de acesso online. Qualquer utilizador que se encontre num local com acesso à internet pode consultar uma página de um jornal ou revista.

Quando os jornais começaram a ter as suas páginas e edições disponíveis na internet houve quem se questionasse sobre o futuro da imprensa escrita. Ainda assim, os jornais em papel sobreviveram ao online, apenas contando com algumas quebras nas suas vendas diárias.
De facto, observa-se que tanto há espaço para o ciberjornalismo como para imprensa escrita. Cabe assim ás pessoas a escolha de qual a forma de fazer jornalismo que mais se familiarizam para se manterem atualizadas quanto às notícias que surgem diariamente no quotidiano de uma sociedade.

Ilídio Guerreiro

Braga Romana: a cidade revive a sua génese

A cidade de Braga viajou mais uma vez no tempo, recuando mais de 2000 anos, para regressar ao período da ocupação romana da cidade. Entre os dias 26 e 29 de Maio, a actual cidade de Braga, antiga Bracara Augusta, foi palco da VIII edição da Braga Romana, um evento que tem como finalidade recriar o período histórico da sua génese, evocando o quotidiano da antiga capital romana da província da Gallaecia.



Concorda com a medida do governo em proibir a venda de drogas legais em smartshops?

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