Em
Portugal, o Facebook está no top das
redes sociais com mais portugueses
inscritos e estes veêm no facebook a
montra ideal para mostrarem e rentabilizarem o seu talento. Cláudia e Diana são
jovens empreendedoras que decidiram, através da rede social, criar o próprio negócio
online.
A tão conhecida rede
social, facebook, é hoje um
fenómeno da era digital e conta com mais de quatro milhões de portugueses
inscritos. Para além
de estar conotado como uma rede social,
o facebook, é visto como uma
ferramenta para a criação de negócios online. Um estudo realizado pela SIBS
através dos dados do Market Report, revela que, Portugal tem um dos valores
mais elevados no que diz respeito às compras online e que esse valor é superior
ao obtido nas lojas físicas. Esta realidade revela-se positiva para aqueles
que, tal como a Cláudia e Diana, utilizaram esta plataforma para a criação de
negócios virtuais. Ambas adquirem páginas de negócio no facebook para comercializarem os seus produtos.
Cláudia trabalha numa empresa na Póvoa de Varzim como designer
gráfica, mas a verdade é que esta profissão não a tem realizado plenamente a
nível pessoal e profissional. A designer não vê futuro nesta área e até se mostra
um pouco desmotivada com a situação. Mas tal realidade mudou, no momento em
que, um fornecedor de bijutaria e amigo de Cláudia lhe propôs a venda das suas
peças. Inicialmente, a designer vendeu a bijutaria a amigos e pessoas
conhecidas, mas logo se apercebeu que este não era o melhor método. O facebook foi para Cláudia, o
desencadear de um novo projecto. O negócio online “JustShine” https://www.facebook.com/pages/Just-Shine/298232130282866
surgiu há pouco mais de um mês, mas revela-se já um sucesso na rede social. A loja virtual “Justshine”
já tem bastantes seguidores e o número de vendas é positivo, “está realmente a
correr muito bem e confesso que os lucros têm sido bastante significativos ”,
afirma Cláudia. A “JustShine” não é actualizada diariamente, mas segundo
Cláudia, “sempre que recebo peças coloco as imagens na página, ou então,
partilho a página através da publicação no perfil ou mesmo por mensagem privada”.
A designer demonstra-se entusiasmada com o negócio online “é quase como um
bebé, é algo criado por mim e que tem um valor acrescido ainda para mais com os
óptimos resultados que está a ter”. O sucesso da “JustShine” fez com que,
várias pessoas, quisessem comercializar nas suas lojas as bijutarias. No que
diz respeito a despesas a comercial afirma “o único gasto que tenho com a
JustShine prende-se com a encomenda das peças ao fornecedor; ou seja, eu
encomendo as peças, pago e depois tenho de tentar, através do facebook, vender a bijutaria para não
ficar com o prejuízo”.
No decorrer do dia e entre os afazeres do seu trabalho,
Cláudia, vai acedendo à página e verificando as encomendas da JustShine. Esta
actividade que foi criada para ser apenas um “hobbie”, é já, um negócio sólido
e que tem dado bastantes alegrias à designer. Porém, “não penso em dedicar-me
exclusivamente a este negócio, mas quero e vou mantê-lo pois é sem dúvida, uma
forma de obter, juntamente com a minha profissão, mais lucro ao final do mês”.
Cláudia é, entre muitos outros, o exemplo de alguém que se
viu “obrigada” a “remar” por outros caminhos para suportar os custos da sua
independência. Este espírito empreendedor viu na rede social uma forma inovadora de vender as suas peças.
Diana cresceu no “meio dos farrapos” devido às profissões do
pai e da mãe. Tem a licenciatura no curso de Assistente social mas a sua paixão
sempre foi a moda. Foi neste contexto que surgiu há quatro meses a loja
“fashionista” https://www.facebook.com/Fashionista24Store
A par do negócio de
rua, Diana, teve a necessidade de criar uma página no facebook com o intuito de divulgar e vender os produtos sendo que
para a lojista no que diz respeito a publicidade o “facebook é a melhor fonte de propaganda gratuita e muito melhor do que
um flayer”. A página da loja no facebook
está conotada como negócio local e é através da rede social que tem vendido as peças irreverentes que a mãe
fabrica. Para Diana as peças que vende “são mais do que roupa, são peças que
marcam uma tendência e seguem uma linha muito específica”. Os seguidores da
página no Facebook são maioritariamente
jovens entre os 18 e os 25 anos que partilham o mesmo gosto que Diana pelo
vestuário que se encontra na moda procurando saber “o que está in e o que está
out”. O negócio de Diana nas redes
sociais tem já uma adesão bastante positiva, conta com 390 gostos na página
e 35 visualizações diárias. Embora as vendas online da “fashionista” tenham superado as expectativas e igualado
as vendas da loja tradicional, para Diana, é essencial a existência das duas
plataformas (online e loja tradicional). A lojista pondera a criação de uma loja online através do f-commerce mantendo a loja tradicional, isto porque, Diana para
além de comercial é também compradora online
e sente que “as pessoas ainda têm um pouco de preconceito em comprar na
Internet”. Estas vendas online por
vezes deixam os internautas “pouco à vontade para comprarem e a questionarem-se
onde irá parar o dinheiro” sendo que muitos preferem “ver o produto ao vivo,
tocar e até experimentar”. A loja de rua tem para Diana um lugar de destaque
devido ao contacto que tem com o público e ao atendimento personalizado, por
essa razão, a lojista não tenciona fechá-la em detrimento da loja virtual
somente “se não tiver lucros para conseguir sustentar as despesas”. Porém, e
não descurando a loja tradicional, Diana pretende ampliar a página de negócio
no facebook actualizando diariamente,
como sempre o tem feito, e postando e partilhando com o público o gosto pelas
peças de roupa e pela própria moda em si.
No universo cibernauta há uma janela chamada facebook que se abre, a todos aqueles,
cuja vontade e necessidade os move para o negócio virtual.
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