terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Regressar a Angola com o sentido de dever cumprido


Muitos angolanos encaram Portugal como uma segunda pátria. Os números podem ser falíveis, mas dados oficiais indicam que cerca de cinco mil angolanos estudam nas diferente universidades do país.
Alguns têm o apoio condicional dos familiares, outros estão por conta própria. Muitos estudantes vivem nas  residências universitárias, outros alugam quartos ou apartamentos que partilham com colegas, outros ficam em casa de familiares, havendo ainda um pequeno grupo com bolsas de estudo.
Para Inês Lucas estudante do 3ºano de Direito, na Universidade Lusíada do Porto,  estudar em Portugal tem sido um desafio,” que promete superar”. A sua situação assemelha-se a muito estudantes angolanos que residem em Portugal. Após os pais  terem regressado a Angola, vê-se obrigada a permanecer em Portugal partilhando uma casa com mais duas raparigas.

Os pais emigraram há muito tempo para Portugal. Vive desde os 3 anos no Porto. Hoje com 21 anos, o seu objectivo é concluir os estudos e regressar a Angola,  contribuir para o desenvolvimento sócio-economico dentro da área das ciências  sóciojurídicas. No meio de tantos sonhos existiram vários obstáculos, a distância da família é o maior de todos, mas garante que esta distância só lhe dá mais forças para continuar nesta luta.

Já o Cláudio Costa, frequenta o 2ºano do curso de Gestão na Universidade Lusófona do Porto, ao contrário da Inês Lucas, emigrou para Portugal com a sua mãe numa fase já adulta. Com o intuito de encontrar em Portugal melhor qualidade de ensino. Sobre “a minha experiência como estudante em Portugal, começo por dizer que ganhei mais conhecimento em todos aspecto de aprendizagem. No início tive muitas dificuldades em conseguir adaptar-me ao ensino português, uma vez que eu sou trabalhador e estudante. Para conciliar as duas coisas é muito difícil, mas com meu empenho e ajuda das professoras e colegas estou a melhorar”. Também tem como objectivo terminar o curso a curto prazo com bom desempenho e voltar para terra natal, Angola, ajudando assim seu desenvolvimento.

Por: Zanaida Augusto

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