domingo, 6 de fevereiro de 2011

“TODOS TEMOS UM OBJECTIVO E UM PASSA PELA VIDA ACADÉMICA"

Pétio Juarez Penelas de Barros, 30 anos de idade, é natural de Luanda, Angola. Formado em Engenharia Informática no Instituto Superior Politécnico de Gaia há cerca de um ano, reconhece nesta entrevista, as dificuldades que os jovens estudantes têm passado em Portugal. O Presidente da
Associação de Estudantes Angolanos em Portugal no Porto faz ainda balanço do seu mandato.



Pétio  Barros
 Ipsisverbis - Tão jovem e já presidente, não é muita responsabilidade?
Pétio Juarez Penelas de Barros- Penso que não é muita responsabilidade, todos nós  temos um objectivo na vida e um deles é passar pela vida  associativa que por sua vez está ligada á vida académica. Portanto um desafio a qualquer altura é sempre bem-vindo.

IV – Há quanto tempo é presidente da associação?
 PB- Fui eleito para um período de dois anos. Neste momento estou quase a findá-lo  com muita pena, mas passando também o objectivo que estava ligado ao associativismo, a escolaridade. Terminando esta etapa começam a surgir outras.

 IV- Tem noção de quantos estudantes angolanos tem o Porto?
PB – São 130 estudantes universitários. No total, são 300 estudantes abrangendo também o Ensino Secundário.

IV- Pode apontar as principais dificuldades que os mesmos estudantes têm  enfrentado?
PB- Como tenho dito, a maior dificuldade a nível social e académico é a inserção. Normalmente tentamos ver quais as dificuldades que os estudantes passam para podermos analisar. A este nível, fazemos pontes ou protocolos com certas instituições que possam dar-nos apoio para colmatar aquilo que são as dificuldades dos estudantes.

Encontro Nacional de Estudantes
 IV- Onde devem recorrer os estudantes para obterem alguma ajuda, nomeadamente a bolsa?
PB- Existem dois tipos de bolsas, da cooperação e do Estado Português. A nível de Angola tem de se fazer um teste e,  passando, é - lhe atribuída a bolsa. Para os estudantes que vivem em Portugal é muito mais difícil terem acesso as bolsas porque muitos bolseiros vêm de Angola agregados  a certos Ministérios e empresas com um número já formatado.

IV- Depois de terminarem os cursos os estudantes regressam para Angola?
PB - Tendo em conta que a AEAP adopta a filosofia de incentivar o regresso . Temos estreitado laços  com empresas no sentido de poderem contratar estudantes, reforçando assim o  retorno à pátria. Em relação aos bolseiros, muitos estão vinculados à terra.

IV- Como vê Angola no futuro?
PB- Seria um pouco indevido se abordasse Angola na generalidade. Como se sabe, o  desenvolvimento em Angola adivinha-se sustentado, este mesmo desenvolvimento irá aumentar a economia e permitir que as mais diversificadas áreas possam também  evoluir, permitindo mais criação de postos de emprego, proporcionando muitas mais oportunidades para os jovens das mais variadas especializações.

Angola está a mudar

O DESPORTO COMO FOCO DA AEAP
A pratica deportiva também é um dos principais focos da Associação para poder ativar os estudantes. No dia 4 de dezembro de 2010 o Departamento da Cultura e Desporto da Associação de Estudantes Angolanos em Portugal no Porto (AEAP) realizou mais uma das suas partidas desportivas. Teve lugar no colégio de Gaia,entre as 10h00 as 13h00, com o objectivo de promover a união entre os jovens angolanos residentes na cidade Invicta, através da prática desportiva, sencibilizar as pessoas para o  associativismo e a entrada de novos associados.
A actividade foi bastante positiva com uma adesão a rondar entre os 90 por cento. Após as actividades desportivas, teve lugar a um lanche para repor as energias,  seguindo-se de uma breve conversa com os participantes, sobre questões ligadas à Associação.


Por: Zanaida Augusto

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