Ser pescador é
uma das profissões
mais perigosas do mundo. As embarcações são plataformas móveis, o que cria
uma permanente situação de desequilíbrio, aumenta a insegurança e comporta
elevada dose de risco.
Por outro lado, não
existem horários de trabalho, o que provoca uma elevada tensão psíquica, devido
ao afastamento da família e ao isolamento.
Existem três causas
recorrentes de acidentes. Fatores humanos como a fadiga, a
negligência, a toxicodependência ou o alcoolismo. Técnicos, mau
funcionamento dos equipamentos, o não cumprimento de medidas de estabilidade e
de segurança adequados. E por fim, os fatores externos,
realce para as condições meteorológicas.
Apela
para o governo e instâncias competentes no
sentido de apertarem o cerco sobre os incumpridores, para que as normas entrem
concretamente em vigor. Como faz a Irlanda, Canadá ou Inglaterra, onde a pesca
é encarada como uma atividade cujo objetivo é o desenvolvimento de uma cadeia produtiva
baseada na sustentabilidade.
“Em
tempos, vendi peixe de 800 gramas a um quilo na lota, no valor
de 13 euros. Tempos depois, fui a uma grande superfície, e vi um peixe com 200 gramas custar
o mesmo preço”, expõe José.
Cada
pescador devia laborar só com uma licença de pesca – rede de
arrasto, em forma de saco que são puxados a
uma velocidade que permite que o pescado seja retido dentro da rede, ou arrasto de
vara, rebocada por uma embarcação, que se
desloca sobre o fundo. “O que se verifica e que alguns têm várias
artes. O mar é de alguns e não de todos como se pensa”.
As tecnologias assumem
papel fundamental, “sem ela a gente pára no tempo”. Com o uso do computador e
da internet garante-se uma maior
rentabilidade e tenta-se adivinhar o perigo, companheiro a cada jornada.
O sol ainda mal levantou e todos estão prontos para dar continuidade
a uma história com muitos anos de vida. Entre eles, José Pereira.
Sem comentários:
Enviar um comentário