segunda-feira, 4 de março de 2013

Facebook: comércio online gera novos negócios


Em Portugal, o Facebook está no top das redes sociais com mais portugueses inscritos e estes veêm no facebook a montra ideal para mostrarem e rentabilizarem o seu talento. Cláudia e Diana são jovens empreendedoras que decidiram, através da rede social, criar o próprio negócio online.


A tão conhecida rede social, facebook, é hoje um fenómeno da era digital e conta com mais de quatro milhões de portugueses inscritos. Para além de estar conotado como uma rede social, o facebook, é visto como uma ferramenta para a criação de negócios online. Um estudo realizado pela SIBS através dos dados do Market Report, revela que, Portugal tem um dos valores mais elevados no que diz respeito às compras online e que esse valor é superior ao obtido nas lojas físicas. Esta realidade revela-se positiva para aqueles que, tal como a Cláudia e Diana, utilizaram esta plataforma para a criação de negócios virtuais. Ambas adquirem páginas de negócio no facebook para comercializarem os seus produtos.
Cláudia trabalha numa empresa na Póvoa de Varzim como designer gráfica, mas a verdade é que esta profissão não a tem realizado plenamente a nível pessoal e profissional. A designer não vê futuro nesta área e até se mostra um pouco desmotivada com a situação. Mas tal realidade mudou, no momento em que, um fornecedor de bijutaria e amigo de Cláudia lhe propôs a venda das suas peças. Inicialmente, a designer vendeu a bijutaria a amigos e pessoas conhecidas, mas logo se apercebeu que este não era o melhor método. O facebook foi para Cláudia, o desencadear de um novo projecto. O negócio online “JustShine” https://www.facebook.com/pages/Just-Shine/298232130282866 surgiu há pouco mais de um mês, mas revela-se já um sucesso na rede social. A loja virtual “Justshine” já tem bastantes seguidores e o número de vendas é positivo, “está realmente a correr muito bem e confesso que os lucros têm sido bastante significativos ”, afirma Cláudia. A “JustShine” não é actualizada diariamente, mas segundo Cláudia, “sempre que recebo peças coloco as imagens na página, ou então, partilho a página através da publicação no perfil ou mesmo por mensagem privada”. A designer demonstra-se entusiasmada com o negócio online “é quase como um bebé, é algo criado por mim e que tem um valor acrescido ainda para mais com os óptimos resultados que está a ter”. O sucesso da “JustShine” fez com que, várias pessoas, quisessem comercializar nas suas lojas as bijutarias. No que diz respeito a despesas a comercial afirma “o único gasto que tenho com a JustShine prende-se com a encomenda das peças ao fornecedor; ou seja, eu encomendo as peças, pago e depois tenho de tentar, através do facebook, vender a bijutaria para não ficar com o prejuízo”.
No decorrer do dia e entre os afazeres do seu trabalho, Cláudia, vai acedendo à página e verificando as encomendas da JustShine. Esta actividade que foi criada para ser apenas um “hobbie”, é já, um negócio sólido e que tem dado bastantes alegrias à designer. Porém, “não penso em dedicar-me exclusivamente a este negócio, mas quero e vou mantê-lo pois é sem dúvida, uma forma de obter, juntamente com a minha profissão, mais lucro ao final do mês”. 
Cláudia é, entre muitos outros, o exemplo de alguém que se viu “obrigada” a “remar” por outros caminhos para suportar os custos da sua independência. Este espírito empreendedor viu na rede social uma forma inovadora de vender as suas peças.
Diana cresceu no “meio dos farrapos” devido às profissões do pai e da mãe. Tem a licenciatura no curso de Assistente social mas a sua paixão sempre foi a moda. Foi neste contexto que surgiu há quatro meses a loja “fashionista” https://www.facebook.com/Fashionista24Store

 A par do negócio de rua, Diana, teve a necessidade de criar uma página no facebook com o intuito de divulgar e vender os produtos sendo que para a lojista no que diz respeito a publicidade o “facebook é a melhor fonte de propaganda gratuita e muito melhor do que um flayer”. A página da loja no facebook está conotada como negócio local e é através da rede social que tem vendido as peças irreverentes que a mãe fabrica. Para Diana as peças que vende “são mais do que roupa, são peças que marcam uma tendência e seguem uma linha muito específica”. Os seguidores da página no Facebook são maioritariamente jovens entre os 18 e os 25 anos que partilham o mesmo gosto que Diana pelo vestuário que se encontra na moda procurando saber “o que está in e o que está out”. O negócio de Diana nas redes sociais tem já uma adesão bastante positiva, conta com 390 gostos na página e 35 visualizações diárias. Embora as vendas online da “fashionista” tenham superado as expectativas e igualado as vendas da loja tradicional, para Diana, é essencial a existência das duas plataformas (online e loja tradicional). A lojista pondera a criação de uma loja online através do f-commerce mantendo a loja tradicional, isto porque, Diana para além de comercial é também compradora online e sente que “as pessoas ainda têm um pouco de preconceito em comprar na Internet”. Estas vendas online por vezes deixam os internautas “pouco à vontade para comprarem e a questionarem-se onde irá parar o dinheiro” sendo que muitos preferem “ver o produto ao vivo, tocar e até experimentar”. A loja de rua tem para Diana um lugar de destaque devido ao contacto que tem com o público e ao atendimento personalizado, por essa razão, a lojista não tenciona fechá-la em detrimento da loja virtual somente “se não tiver lucros para conseguir sustentar as despesas”. Porém, e não descurando a loja tradicional, Diana pretende ampliar a página de negócio no facebook actualizando diariamente, como sempre o tem feito, e postando e partilhando com o público o gosto pelas peças de roupa e pela própria moda em si.
No universo cibernauta há uma janela chamada facebook que se abre, a todos aqueles, cuja vontade e necessidade os move para o negócio virtual.

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