segunda-feira, 28 de maio de 2012


Ser pescador é uma das profissões mais perigosas do mundo. As embarcações são plataformas móveis, o que cria uma permanente situação de desequilíbrio, aumenta a insegurança e comporta elevada dose de risco.
Por outro lado, não existem horários de trabalho, o que provoca uma elevada tensão psíquica, devido ao afastamento da família e ao isolamento.
Existem três causas recorrentes de acidentes. Fatores humanos como a fadiga, a negligência, a toxicodependência ou o alcoolismo. Técnicos, mau funcionamento dos equipamentos, o não cumprimento de medidas de estabilidade e de segurança adequados. E por fim, os fatores externos, realce para as condições meteorológicas.
“As leis da pesca precisam ser revistas. É por esta razão que a pesca está em risco”, atesta José.
Apela para o governo e instâncias competentes no sentido de apertarem o cerco sobre os incumpridores, para que as normas entrem concretamente em vigor. Como faz a Irlanda, Canadá ou Inglaterra, onde a pesca é encarada como uma atividade cujo objetivo é o desenvolvimento de uma cadeia produtiva baseada na sustentabilidade.
“Em tempos, vendi peixe de 800 gramas a um quilo na lota, no valor de 13 euros. Tempos depois, fui a uma grande superfície, e vi um peixe com 200 gramas custar o mesmo preço”, expõe José.
Cada pescador devia laborar só com uma licença de pesca – rede de arrasto, em forma de saco que são puxados a uma velocidade que permite que o pescado seja retido dentro da rede, ou arrasto de vara, rebocada por uma embarcação, que se desloca sobre o fundo. “O que se verifica e que alguns têm várias artesO mar é de alguns e não de todos como se pensa”.
As tecnologias assumem papel fundamental, “sem ela a gente pára no tempo”. Com o uso do computador e da internet garante-se uma maior rentabilidade e tenta-se adivinhar o perigo, companheiro a cada jornada.
O sol ainda mal levantou e todos estão prontos para dar continuidade a uma história com muitos anos de vida. Entre eles, José Pereira.


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